Boas Práticas - Aula de Campo sobre Linfadenite Caseosa

Iniciando o espaço para Boas Práticas, apresentamos uma aula de campo realizada no Assentamento Transval em Canindé-Ce. O educador agrário, Cesário Rodrigues, convidou a veterinária Carliele para a realização de uma microcirurgia em uma cabra que sofria do "Mal do Caroço", nome popular dado a doença Linfadenite Caseosa.
Atentamente, os alunos acompanharam o processo da cirurgia em uma das casas da vizinhança da Escola Cirilo Martins de Sousa.

Um pouco sobre a doença...

A Linfadenite Caseosa (LC) é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis.
Acomete caprinos e ovinos e caracteriza-se pela formação de abscesso(s) contendo pús de cor amarelo-esverdeado e consistência tipo queijo coalho. A doença apresenta-se em duas
formas a superficial e a visceral. Os abscessos localizam-se, inicialmente, nos linfonodos superficiais, podendo ser na região da mandíbula, abaixo da orelha, na escápula, no crural, e na região mamária. Apresenta-se, também, nos gânglios internos (mediastínicos, torácicos) e órgãos como os pulmões, o fígado e, em menor escala, o baço, a medula e o sistema reprodutivo. Além
dos caprinos e ovinos, esta enfermidade causa linfangite ulcerativa em equídeos e abscessos superficiais em bovinos, suínos, cervos e animais de laboratório.
O Nordeste é a região brasileira onde observa-se a maior frequência deste enfermidade, devido à grande concentração destes pequenos ruminantes, da vegetação contendo espinhos e
da falta de orientação adequada aos criadores de caprinos e ovinos, quanto à sanidade de seu rebanho. Estes fatores são de grande relevância na transmissão e disseminação desta patogenia.
Para a caprino-ovinocultura nacional trata-se de um sério problema, com perdas econômicas evidenciadas através da diminuição de produção de leite, da desvalorização da pele devido
às cicatrizes, ao custo das drogas e da mão de obra para tratar os abscessos superficiais. As perdas na produção são observadas quando o linfonodo afetado está localizado em áreas específicas (mandíbula, região crural, úbere), diminuindo as atividades normais do animal, como a mastigação, a locomoção no pasto, a procura de alimentos e a lactação. Na forma visceral, a doença atinge órgãos o que resulta no emagrecimento, na condenação de carcaças e na morte do animal.



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1 Response to "Boas Práticas - Aula de Campo sobre Linfadenite Caseosa"

  1. francisco agamenon sousa bonfim says:

    Parabéns ao Cesario. Lembrar as vacinações anuais às ainda não vacinadas, com uma segunda dose 3 semanas depois, às primovacinadas. Utilizar um produto de amplo espectro, que seja vacina contra Linfadenite, Clostridioses e Endectocida, fazendo um só manejo, até pelo estado das matrizes prenhes.Recomendo, entre muitos no mercado, BIODECTIN, 2ml/ca até 50 kg. Um abraço.
    Francisco
    Fica o lembrete, sem querer contestar o trabalho e a divulgação,

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